sábado, 22 de junho de 2013

CUIDADO! DILMA QUER TE USAR E TERGIVERSA SOBRE OS GASTOS DA COPA

Um milhão e duzentos mil brasileiros que foram às ruas protestar contra o aumento do custo de vida, a corrupção e a má administração do país, às prioridades na aplicação dos recursos públicos etc. estão sendo usados por Dilma para justificar a contratação de 6.000 médicos (?) cubanos pelo SUS.

Esse governo do PT não “prega prego sem estopa”...

No pronunciamento que fez à nação ontem, Dilma promete “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde”.


Esperta, ela omitiu a origem desses médicos. Quer usar a força do movimento para trazer “na marra” um batalhão de cubanos que nem sabemos se de fato são médicos! Senão, vejamos:

  1. Cuba é um país muito pequeno. Nele é fácil ajustar a formação profissional com as necessidades da sociedade. É no mínimo estranho que haja tantos médicos sobrando, a ponto de nos serem oferecidos nessa quantidade;
  2. Existem apenas duas Universidades de medicina em Cuba: La Habana, que forma 200 médicos por ano e Elam - Escuela Latino Americana de Medicina, que forma 100 médicos por ano; 
  3.  Para juntar seis mil médicos, seriam necessários todos os médicos formados nos últimos 20 anos, que teriam de estar disponíveis para vir trabalhar no Brasil.
Pensa bem: qualquer profissional que requeira graduação em curso superior para exercer sua profissão no Brasil deve necessariamente revalidar seu diploma em uma universidade federal brasileira. 

Em 2012, 182 cubanos inscreveram-se para revalidação de seus diplomas no Brasil, mas somente 20 foram aprovados (10,99%).  Para superar esse gargalo, o PT – sob forte oposição do Conselho Federal de Medicina e da sociedade – insiste em aprovar a revalidação automática dos diplomas de médicos.

Seriam os brasileiros ou a nomenklatura do PT que iriam se submeter a esses médicos? Sabemos que Lula – que disse ter vontade deficar doente, de tão bom que era o atendimento público que ele inaugurava – tratou seu câncer no Hospital Sírio Libanês.

Mas Dilma não disse que seriam de Cuba!

Ora, ainda que fossem médicos de outros países, a revalidação ainda é exigida. O que, por suas próprias características, não é um procedimento rápido. Dilma disse, no entanto, “de imediato”. Logo, deve estar querendo “queimar etapas”, sob o argumento de que é “uma cobrança da sociedade”. 

Cuidado! Tu estás sendo usado...

Dilma também falou sobre a utilização de recursos públicos na construção de arenas.

Parece que ela negou que recursos públicos tenham sido utilizados, não? Que foram apenas financiamentos.

Pois é...

Ocorre que ela falou de recursos públicos federais... Alguém aí ouviu falar de uma arena ou estádio federal? Como são estaduais, os recursos federais, de fato, foram empréstimos do BNDES. Mas teria sido essa a contestação feita pelos manifestantes? Ou se reclamava do mau direcionamento de recursos públicos

Pois é, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, é propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília - Terracap, que financiou o projeto. Em nota enviada ao articulista Ricardo Setti, da Veja, pela secretária de comunicação do governo do Distrito Federal, consta que o Estádio Nacional de Brasília foi construído com recursos públicos.

Só lembrando: o governador do Distrito Federal é o Agnelo, do PT...

Dilma tergiversa para te enganar. Cuidado!

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Vê comentários da Veja e de Anonymous, sobre o assunto.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ESTRONDOSA VAIA: MENINOS, EU VI



Brasília, dia 15 de junho de 2013. Inauguração da Copa das Confederações, no Estádio Mané Garrincha, que custou aos cofres públicos do Distrito Federal mais de um bilhão e trezentos milhões de reais, obra que não resiste a nenhuma auditoria, por mais superficial que seja. Outros trezentos e cinco milhões de reais ainda serão gastos no estacionamento e no entorno.
Estádio praticamente lotado, com quase 70.000 pessoas, para assistir ao jogo entre o Brasil e o Japão. Depois da cerimônia de abertura, simples, mas bonita e bem organizada, já com os jogadores perfilados, é anunciada a presença da "presidenta" Dilma e do presidente da FIFA.
Começa uma estrondosa vaia. Logo depois, Joseph Blater inicia um breve pronunciamento. A reação do público esmaece por alguns instantes. Quando o presidente da FIFA cita o nome da "presidenta" Dilma, a estrondosa vaia recomeça. Joseph Blater pede, por favor, aos amigos do futebol brasileiro, respeito e fair-play.
As vaias não cessam e Dilma, visivelmente constrangida, com as imagens geradas para o mundo, apenas declara aberta a Copa das Confederações, com a sua voz abafada pela ruidosa manifestação de repúdio e de desaprovação da maioria dos presentes.
A TV Globo, responsável pelas imagens, tentou minimizar o ocorrido e tirou de seu noticiário esse momento de revolta de uma parcela significativa do povo brasileiro. Ao comentar rapidamente o fato, o apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, ainda disse que as vaias também foram para o presidente da FIFA. Errou em sua interpretação. Elas foram dirigidas apenas à "presidenta". Eu estava lá e vi. Meninos, eu vi.
Vi e também vaiei, a plenos pulmões. Não iniciei a vaia, que tomou conta do estádio como uma grande "ola". Mas, certamente, fui um dos últimos a parar. As consequências vieram de imediato, atingindo as minhas cordas vocais e deixando-me rouco, condição em que ainda permaneço, dois dias depois.
Talvez, neste país sem cidadania, esteja me tornando um velho anarquista, mas com o ardor da indignação de um jovem adolescente, em prol do que é certo e justo.
Vaiei a incompetência, a desonestidade, a corrupção, a enganação, a mentira.
Vaiei as obras inacabadas, superfaturadas, mal feitas, não fiscalizadas.
Vaiei a insegurança dos cidadãos brasileiros, as péssimas condições da saúde pública, a ineficiência do sistema educacional.
Vaiei a falta de boas estradas, portos e aeroportos.
Vaiei a carência de saneamento básico, os apagões de energia elétrica, o caos das grandes cidades.
Vaiei a utilização política de empresas estatais e de economia mista, com recursos financeiros mal aplicados ou utilizados de maneira inescrupulosa, ocasionando graves prejuízos, como os verificados na Petrobras.
Vaiei o estímulo à luta de classes, à invasão de propriedades particulares e à desagregação da sociedade.
Vaiei os programas eleitoreiros, disfarçados em projetos sociais, sem nenhuma contrapartida, que objetivam apenas a conquista de votos para a manutenção do poder.
Vaiei o retorno da inflação, o aumento brutal da dívida interna, a quebra do equilíbrio fiscal.
Vaiei o aniquilamento de nossa indústria, os malefícios à agropecuária, a perda da competitividade internacional.
Vaiei os cartões corporativos e o alto custo da máquina governamental, com os seus trinta e nove ministérios, criados, em sua maioria, apenas para abrigar políticos obscuros e os interesses dos partidos da base aliada.
Vaiei o aparelhamento do Estado, inclusive o da mais alta corte do Poder Judiciário, por pessoas ligadas ao partido político da "presidenta".
Vaiei a tentativa de mudar a verdadeira História do Brasil, com a instalação de uma Comissão, que de verdade só tem o nome.
Vaiei a subordinação da política externa brasileira aos ditames do Foro de São Paulo, com o país caudatário das decisões de governos populistas e ditatoriais da América Latina.
Vaiei as tentativas de macular as Forças Armadas, de silenciar a imprensa, de implantar, paulatinamente, o comunismo no Brasil, travestido agora com o nome de socialismo bolivariano.
Vaiei os políticos demagogos, oportunistas, mentirosos, corruptos e adúlteros.
Vaiei os seguidores de falsos profetas, os aproveitadores, os bajuladores, de todas as espécies.
Vaiei os inocentes úteis, os conformados, os omissos.
Vaiei, finalmente, todo o mal que, nos últimos dez anos, o partido político, que se dizia ético, fez ao meu país.

Que a estrondosa vaia seja o prenúncio de outros tempos, de esperança e de confiança em um novo Brasil, verdadeiramente grandioso e justo para o seu povo.

Brasília, 17 de junho de 2013.

Luiz Osório Marinho Silva

O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL?



Cronologia dos fatos

Em fins de novembro de 2012 eclodiu no país mais um escândalo envolvendo a administração do PT; o caso apelidado por “Rosegate”. A chefe do escritório da Representação da Presidência da República no estado de São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, foi indiciada pela Polícia Federal por corrupção e tráfico de influência. Descobriu-se, depois, que referida servidora também substituía a primeira dama nas viagens internacionais de Lula, sempre que D. Marisa Letícia não o acompanhava. Soube-se, também, que, desconfiada da relação do marido com Rose, D. Marisa checava se o nome da rival constava da comitiva oficial. Para contornar o “problema”, Rose viajava para o exterior acompanhando o presidente (chamado por ela, na intimidade, de “PR”), recebendo até diárias, mas de forma clandestina (sem estar registrada nas listas de passageiros e dos integrantes da comitiva – esta, fornecida pelo Ministério das Relações Exteriores – e sem publicação da autorização para viagem ao exterior – necessária para qualquer servidor público federal que viaje a serviço – no Diário Oficial da União – D.O.U.). Em resumo, a sociedade passou a sustentar a amante do presidente da república, via emprego público, e esta se utilizou do cargo e do “compartilhamento de lençóis” para colocar em cargos públicos de interesse de seu grupo corrupto pessoas por ela indicadas ao “PR”.
Rosemary, Lula e D. Marisa Letícia

Até hoje à sociedade são omitidas informações atualizadas sobre o caso (que possuem versões ainda muito mais escabrosas circulando pela mídia – em especial no AlertaTotal), nem Lula vem a público esclarecê-lo (talvez por que não haja mentira que possa convencer a opinião pública).
Em 17 de fevereiro e em 1º de abril deste ano foram feitas manifestações em Porto Alegre, capital do estado do RS, contra o aumento das passagens de ônibus urbanas. Nada diferente de manifestações similares ocorridas no passado, em diversas capitais brasileiras. Em Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, essas manifestações são frequentes.

Manifestação em Porto Alegre, em 17/02/2013


Manifestação em Porto Alegre em 01/04/2013, capitaneadas pelas União Estadual dos Estudantes (UEE) e União Gaúcha dos Estudantes (Uges)

Em 05 de março, passeata de protesto contra o PT e Lula ocorreu na Av. Paulista, em São Paulo. A mídia omitiu o fato, que foi divulgado apenas através das chamadas mídias sociais e blogs, como o Com a Boca no Trombone.
No início de abril foi divulgado índice inflacionário de março – 0,47%, fazendo com que a perda de valor do Real nos últimos doze meses – 6,59% - supere o teto da meta estabelecida pelo governo. Na média, a inflação dos alimentos – a que mais rapidamente é percebida pela sociedade, no entanto, tem sido bem maior. E mexer no bolso da sociedade é algo perigoso...
Em 18 e 19 de maio ocorreu uma corrida às agências da Caixa Econômica Federal, teoricamente em razão de um efeito viral de um boato sobre eventual suspensão do Programa Bolsa Família. A princípio, o governo federal acusou a oposição como fonte do boato, mas o fato de a Caixa estar preparada para essa emergência num fim de semana levantou suspeitas e, depois de duas negativas e explicações não convincentes, ficou claro que a confusão havia sido gerada por mudanças na sistemática de pagamento da própria instituição, que nem seu presidente, nem a presidente da república (em tese) sabiam. Com o episódio, a grande massa de trabalhadores que sustenta esses benefícios com seus impostos e contribuições pode ver que muitos beneficiários do Bolsa Família não tinham aparência de possuírem “renda familiar mensal de até R$ 140,00 per capta” (vide abaixo). No Jornal Nacional – noticioso de maior popularidade no país – uma senhora declarou que havia recebido simultaneamente dois meses de benefício e, como de hábito, havia depositado o valor em sua caderneta de poupança (logo; não necessitando do benefício para matar a fome).


Pessoas aglomeradas em agência da Caixa Federal, para sacar antecipadamente seus benefícios

A classe média começava a se aperceber que as denúncias da oposição tinham um quê de verdade: fora os verdadeiros miseráveis, que a necessitam, a Bolsa Família era mais uma ferramenta de cooptação de votos que um programa assistencial.
No dia 6 de junho manifestação com a mesma reclamação ocorreu em São Paulo, reunindo cerca de 700 manifestantes do MPL – Movimento Passe Livre. Alguns deles depredaram bares e lixeiras da Paulista e espalharam lixo pela avenida. Na Treze de Maio, arrancaram cabos de luz e hostilizaram motoristas. Como consequência, a polícia reagiu com o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.



Sobre o assunto, entre centenas de notícias publicadas, o sítio ucho.info registrou que “o violento e criminoso protesto contra o aumento do valor da passagem de ônibus, trem e metrô em São Paulo foi um ato contra o governador Geraldo Alckmin e o PSDB, encomendado pelo PT, que sonha em tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes na eleição do próximo ano. ... A ação da noite de quinta-feira (6), que ocupou o noticiário nacional, foi organizada com antecedência por baderneiros políticos que agem como se fossem mafiosos de alta periculosidade. Primeiro os metroviários desistiram temporariamente da greve. Em seguida surgiu o anúncio de que algumas cidades do Grande ABC reduziriam o preço da passagem de ônibus”.
Foi um tiro no pé. A partir de então, novos grupos passaram a se articular através das mídias sociais e o número de participantes lentamente foi crescendo, ultrapassando os limites dos membros da MPL e dos baderneiros de aluguel.
A divulgação do resultado de pesquisas, nos dia 8 (do Instituto Datafolha, dando conta de uma queda de 8% na aprovação da Presidente Dilma) e 10 de junho (eleitoral, na qual o governador do estado de São Paulo - Alckmin - venceria até Lula na disputa pelo governo de SP, com 42% das intenções de voto contra 26% do ex-presidente) desesperaram o PT. A estratégia de tentar reforçar a imagem do governador paulista como responsável pela baderna já não surtiria efeito, pois o vento da democracia havia espargido o descontentamento geral para todos os cantos do país.
No dia 16 de junho, na solenidade de abertura da Copa das Confederações, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada por mais de 60.000 pessoas presentes, por três vezes: quando o presidente da FIFA, Joseph Blatter, a citou nominalmente, quando ele, espantado com a vaia, cobrou “far play” da plateia e, por fim, quando a própria presidente falou ao microfone. Era o prenúncio de que havia algo no ar...
E tinha! O dia 17 de junho culminou com manifestações em 12 capitais do país – São Paulo (cerca de 65.000 manifestantes), Rio de Janeiro (cerca de 100.000 manifestantes), Brasília, Goiânia, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Natal, Belém, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba, além de em outras cidades do interior. Ocorreram casos de vandalismo, sempre praticados por pequeno número de vândalos - máximo de 300 a 500, no Rio de Janeiro. Deixo de postar fotos das depredações, embora tenham gerado grandes prejuízos, por dois motivos: I. Por ter sido praticado por uma minoria absoluta dos manifestantes e II. Para não valorizar nem estimular atos de tão baixo valor moral, sem qualquer comprometimento com o país, como os praticados pela grande massa que participou das manifestações.

São Paulo - Av. Paulista


São Paulo - Av. Paulista

São Paulo

São Paulo

São Paulo - MASP

São Paulo - Av. Brigadeiro Faria Lima

Rio de Janeiro - Av. Rio Branco

Salvador

Brasília – Congresso Nacional

Brasília – Congresso Nacional



Belo Horizonte - Av. Antônio Carlos




Curitiba




Curitiba


De pequenos manifestos contra o aumento das passagens de ônibus urbanas, inflados com a infiltração de baderneiros de aluguel, o movimento agigantou-se, passando a ser uma grande manifestação multifocal, com os mais variados objetivos: contra o aumento das passagens de ônibus, contra a corrupção, a favor do aborto, contra a discriminação sexual, contra a classe política, contra a reação policial, a favor da liberação das drogas, contra os gastos desmesurados com a realização da Copa do Mundo de Futebol, que poderiam ser usados para melhorar os sistemas de saúde, educação e segurança pública, contra a aprovação da PEC 37, contra a elevação do custo de vida e por aí vai. Com um detalhe: sem vinculação a qualquer partido político (muito embora o PSTU e o PSOL tenham tentado obter ganhos políticos levando suas bandeiras às passeatas).



Um cartaz traduziu bem o sentimento dos participantes: muitos foram os motivos e o aumento das passagens de ônibus era apenas “a gota d’água” (que fez o copo transbordar):




Ficou claro que embora político, o movimento era desprovido de cores partidárias. E, muito embora o amplo espectro das demandas e protestos, ele tinha, sim, uma essência: o aumento do custo de vida, a corrupção e a má administração do país, com críticas contundentes às prioridades do governo federal na aplicação de seus recursos.






Cabe aqui um adendo: há tempos que é noticiado que os gastos públicos com a construção/reforma de arenas que irão sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de Futebol – ambas da FIFA, ultrapassaram em muito os valores inicialmente orçados (e que já eram gigantes!). Por exemplo, o Estádio Nacional Mané Garrincha, orçado em R$ 696 milhões, deverá alcançar desembolsos de R$ 1,6 bilhão. O Maracanã, orçado inicialmente em R$ 705 milhões, teve seu orçamento reajustado para R$ 931 milhões e os desembolsos totais deverão atingir R$ 1,12 bilhão. A sociedade também se pergunta se não haveria destinação melhor para os US$ 2,17 bilhões emprestados de forma secreta para Cuba e Angola ou os R$ 1,5 bilhão perdoado para países africanos (República do Congo, Costa do Marfim, Tanzânia, Gabão, Senegal, República da Guiné, Mauritânia, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Sudão e Guiné Bissau), política não praticada, por exemplo, com os 350 mil inadimplentes do semiárido do Nordeste, que sofrem com a falta de chuvas.

Paralelamente aos desmandos do Poder Executivo nacional, o Congresso Nacional também tem sido fonte frequente de intranquilidade para o povo brasileiro, com propostas de emenda à Constituição Federal – PECs – que visam à ruptura da harmônica divisão de competências entre os três poderes da república ou à dificultação das investigações criminais, como, por exemplo, a PEC 33, que submete ao Congresso Nacional decisões do STF sobre ADINs - Ações Diretas de Inconstitucionalidade, e a PEC 37, a qual, se aprovada no próximo dia 26, retirará do Ministério Público, da Receita Federal e do Banco Central a capacidade de investigarem crimes no âmbito de suas searas.



Não considero, nesta análise, o desmonte financeiro da Petrobrás, visto que é assunto pouquíssimo conhecido pela sociedade em geral e, portanto, não teria o condão de engrossar o caldo dos descontentamentos com a administração petista.



As publicações nos blogs e mídias sociais também davam uma pista da essência do movimento, o fio condutor que continua engrossando o caldo das manifestações:





Por ironia da vida, os jovens de hoje usaram antigas frases de músicas de Chico Buarque e de Geraldo Vandré para contestar o governo de esquerda instalado no país...
A repercussão das manifestações na sociedade foi positiva. Hackers – como Anonymous, AnonCyber e CyberGhost – prestaram “solidariedade às manifestações de rua realizadas em várias cidades do Brasil na noite de segunda-feira” realizando uma série de invasões e ataques de negação de serviço contra sites públicos e perfis de autoridades nas redes sociais, preferentemente àqueles ligados à Copa do Mundo. Até pessoas de idade se manifestaram, seja indo para a avenida, seja postando seu apoio nas mídias sociais: (pule os espaços vazios que surgirão daqui para a frente)



Idosos em Porto Alegre





Na Av. Paulista, Em São Paulo

Os dias seguintes foram uma repetição do dia 17, com número pouco menor de manifestantes, mas em muitas mais cidades brasileiras envolvidas. Aliás, até em Londres e em Lisboa ocorreram manifestações de apoio! Registre-se que a gama de motivações alargou-se, havendo cidades que sequer reclamaram do valor das passagens de ônibus urbanos. 
Tão plasmado está que a motivação é ampla e centrada nos tópicos anteriormente listados, que a própria presidente da república fez, dia 18, um pronunciamento à nação sobre o assunto. Foi feliz em diagnosticar as questões que estão a desagradar à sociedade, mas passou longe de um “mea culpa” pelo estado de coisas:






Trata-se de fenômeno político-social interessante. Desde o impeachment do então presidente Collor que a sociedade – os jovens, principalmente – não ia para as ruas demandar mudanças em tão expressivo número de pessoas, nem em tão diversificados pontos do país.
Por mais de década os cidadãos insatisfeitos com os rumos do país criticavam a passividade bovina de nossa sociedade, que nada fazia para reverter esse estado de coisas. Eis que de repente manifestações localizadas em pontos diferentes do país, com foco único no aumento das passagens de ônibus, tiveram o condão de despertar “o gigante adormecido em berço esplêndido”. Provavelmente tenha sido o fenômeno da “gota d’água”.

Atônitos com os acontecimentos, prefeitos de diversas cidades do país foram rápidos em anunciar redução no preço das passagens. Terão essas providencias a capacidade de amainar o espírito contestatório da sociedade, agora que as demandas são múltiplas e bem maiores que os “vinte centavos”? 

Até quando irão as manifestações não se sabe. Quaisquer mudanças que venham a ser implementadas agora serão cosméticas. Mudança para valer, mesmo, só poderá ser obtida se esses mesmos manifestantes mudarem sua forma de votar, nas próximas eleições: consciente, sem eleger candidatos com passado duvidoso. É o que se espera. 



A sociedade quem “passar a limpo” o Brasil. Agindo de forma ordeira e organizada isso é possível. Vamos lavar essa sujeira que nos faz perder o orgulho de sermos brasileiros!
Por fim, há que se separar o joio do trigo. A fração ínfima de baderneiros não pode continuar pondo em risco a vida de terceiros, nem agredir a polícia, tampouco dilapidar o patrimônio público e privado.

Há que se usar os serviços de inteligência, as câmeras de vídeo, as filmagens dos inúmeros órgãos da imprensa na identificação desses meliantes. Que deverão responder pelos crimes cometidos. Não há “instinto de manada” que justifique esses crimes.

E tão importante quanto identificá-los é investigar se há partidos ou pessoas financiando esses vândalos, pois paira no ar a desconfiança de que por trás desses desmandos há a mesma mão invisível que acionou os “aloprados”. Os atos de violência teriam por objetivo: I) Dar motivo para a intervenção policial; 2) Desmotivar os demais participantes, seja por medo da reação policial, seja para não serem confundidos com vândalos; 3) Fazer com que a classe média não apoie o movimento; e 4) Dar motivos para a mídia contestar as manifestações. Para quem acabou com a lavoura cacaueira na Bahia, introduzindo galhos de cacaueiros de Rondônia, infestados com a vassoura-de-bruxa, TUDO É POSSÍVEL!